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Curiosidades

Quando se fala de câncer, parece que existe apenas um tipo, e que por consequência o tratamento e a evolução deste seguirá sempre um mesmo caminho. Isso não é verdade! Existem vários tipos de câncer, que serão classificados conforme o tipo de célula que levou a sua origem.

A região torácica, onde está a mama, é formada por uma combinação de vários tecidos: pele, tecido celular subcutâneo (gordura), tecido de sustentação, tecido glandular, muscular liso (vasos) e estriado (musculatura torácica), e tecido linfático. 

Inicialmente se divide os tipos de câncer em dois grupos gerais: os “in situ” e os invasores.

O primeiro grupo, in situ, são compostos por células malignas iniciais que não têm capacidade de invadir e nem se espalhar por outros órgãos do corpo. Já o carcinoma invasor, possui essa propriedade de criar “raízes” e de se espalhar, em intensidades diferentes de acordo com cada subtipo. 

O carcinoma invasor da mama tem dois tipos mais comuns: ductal (subtipo não especial), lobular, e outros variantes bem mais raras como medular, mucinoso, apócrino entre outros. Também podem existir outros tipos de câncer na mama que se originam em outra célula que não do epitélio glandular como linfoma e sarcoma. 

A mama também pode ser foco de metástase de outros tumores de outros órgãos do corpo (melanoma, pulmão, estômago, linfoma). 

Para iniciar o tratamento adequado é necessário confirmar através de biópsia, qual é o tipo do tumor. Uma vez feito o diagnóstico, o médico leva em consideração fatores específicos do tumor como tipo histopatológico, grau de diferenciação, tamanho da maior lesão e presença de outras lesões na mesma mama ou outros locais do corpo. O cirurgião também considera a proporção do tamanho do câncer em relação ao tamanho da mama da paciente, para avaliar se será possível manter uma forma aceitável da mama com cirurgia conservadora, ou será necessário fazer a retirada de toda ela para conseguir margem livres (ausência de doença nas bordas do tecido retirado). 

Em muitos casos é indicado iniciar o tratamento pela quimioterapia, também conhecido como quimioterapia neoadjuvante (feita antes da cirurgia), que tem como objetivo transformar o inoperável em operável, ou operável de maneira radical em uma cirurgia de menor porte, de maneira a poupar a mama em função de uma regressão tumoral. 

Atualmente o tratamento é tão específico, que mesmo para o tipo ductal infiltrante que é o câncer mais comum de mama, existem subdivisões que levam em consideração a identificação de fatores moleculares (chamados de imunohistoquímica) e até fatores genéticos da paciente e do tumor. 

Cada tipo de câncer é único, cada caso tem suas particularidades e aqui na Mastocentro as pacientes são tratadas de acordo com seu perfil, com terapias e cirurgias individualizadas.